Megaesôfago é o nome dado a uma dilatação crônica e progressiva do esôfago ‒ órgão que liga a boca ao estômago ‒, que provoca alterações na sua função de transportar alimentos.
A doença causa a destruição de nervos do órgão que levam a uma falha na abertura do músculo cárdia (transição entre o esôfago e o estômago), que se contrai permanentemente e impede que o alimento passe de um órgão para o outro. Assim, o esôfago se dilata e os pacientes começam a perder peso já que não conseguem se alimentar adequadamente.
Causas do Megaesôfago
No Brasil, a doença está relacionada a quadros infecciosos. A causa mais comum é o Megaesôfago chagásico, secundária à infecção causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, responsável pela Doença de Chagas.
Sintomas
Inicialmente, os pacientes apresentam desconforto torácico durante as refeições. Logo depois, passam a ter dificuldade para engolir alimentos sólidos e, conforme a doença progride, não conseguem ingerir líquidos também. Esse processo pode estar relacionado à halitose (mau hálito) e regurgitações.
Diagnóstico de Megaesôfago
Assim que existe a suspeita da doença, deve ser realizado o Exame Contrastado do Esôfago-estômago-duodeno (EED). Trata-se de um raio-X que requer a ingestão de contraste para obter imagens que mostram o esôfago dilatado.
Além disso, também deve ser realizado um exame chamado eletromanometria esofágica, que diagnostica o Megaesôfago, a incapacidade de relaxamento da válvula entre o esôfago e o estômago e permite perceber a perda de função da contração do órgão.
Outros exames podem estar envolvidos no diagnóstico da doença, como endoscopia, muito utilizada para verificar se houve lesões causadas pela dificuldade de ingestão dos alimentos.
Tratamento
A única forma de tratar o Megaesôfago é a cirurgia. O procedimento pode ser feito de forma minimamente invasiva, por via laparoscopia ou robótica.
Casos mais avançados de Megaesôfago podem indicar a necessidade de retirar o esôfago e substitui-lo por uma parte do intestino delgado. Chamado de esofagectomia transhiatal, o procedimento é menos utilizado por ser agressivo e por se tratar de uma doença benigna.
Portanto, o diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento seja realizado da forma menos invasiva e que não haja necessidade de remover o esôfago.